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sábado, 28 de maio de 2011

Carta do Chefe Seattle

Em 1854, "O Grande Chefe Branco" em Washington fez uma oferta por uma grande área de território indígena e prometeu uma "reserva" para os índios.
A resposta do Chefe Seattle, aqui reproduzida na íntegra, tem sido considerada uma das declarações mais belas e profundas já feitas sobre o meio-ambiente:
“Como você pode comprar ou vender o céu, o calor da terra? A idéia é estranha para nós.
Se nós não somos donos da frescura do ar e do brilho da água, como você pode comprá-los?
Cada parte da Terra é sagrada para o meu povo.

Cada pinha brilhante, cada praia de areia, cada névoa
nas florestas escuras, cada inseto transparente, zumbindo,
é sagrado na memória e na experiência de meu povo.

A energia que flui pelas árvores traz consigo a memória
e a experiência do meu povo. 
A energia que flui pelas árvores traz consigo as memórias
do homem vermelho.

Os mortos do homem branco se esquecem da sua pátria quando
vão caminhar entre as estrelas. 
Nossos mortos nunca se esquecem desta bela Terra, 
pois ela é a mãe do homem vermelho. 
Somos parte da Terra e ela é parte de nós. 
As flores perfumadas são nossas irmãs, os cervos, o cavalo, 
a grande águia, estes são nossos irmãos. 
Os picos rochosos, as seivas nas campinas, o calor do corpo do pônei, 
e o homem, todos pertencem à mesma família.

Assim, quando o Grande Chefe em Washington manda dizer que
quer comprar nossa terra, ele pede muito de nós. 
O Grande Chefe manda dizer que reservará para nós um lugar
onde poderemos viver confortavelmente. 
Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. 
Então vamos considerar sua oferta de comprar a terra. 
Mas não vai ser fácil. 
Pois esta terra é sagrada para nós.

A água brilhante que se move nos riachos e rios não é
simplesmente água, mas o sangue de nossos ancestrais. 
Se vendermos a terra para vocês, vocês devem se lembrar de que
ela é o sangue sagrado de nossos ancestrais. 
Se nós vendermos a terra para vocês, vocês devem se lembrar de que
ela é sagrada, e vocês devem ensinar a seus filhos que ela é sagrada
e que cada reflexo do além na água clara dos lagos fala de coisas
da vida de meu povo. 
O murmúrio da água é a voz do pai de meu pai.

Os rios nossos irmãos saciam nossa sede. 
Os rios levam nossas canoas e alimentam nossas crianças. 
Se vendermos nossa terra para vocês, vocês devem lembrar-se de
ensinar a seus filhos que os rios são irmãos nossos, e de vocês, 
e consequentemente vocês devem ter para com os rios o mesmo
carinho que têm para com seus irmãos. 
Nós sabemos que o homem branco não entende nossas maneiras. 
Para ele um pedaço de terra é igual ao outro, pois ele é um estranho
que chega à noite e tira da terra tudo o que precisa. 
A Terra não é seu irmão, mas seu inimigo e quando ele o vence, 
segue em frente. 
Ele deixa para trás os túmulos de seus pais, e não se importa. 
Ele seqüestra a Terra de seus filhos, e não se importa.

O túmulo de seu pai, e o direito de primogenitura de seus filhos
são esquecidos. 
Ele ameaça sua mãe, a Terra, e seu irmão, do mesmo modo, como
coisas que comprou, roubou, vendeu como carneiros ou contas brilhantes. 
Seu apetite devorará a Terra e deixará atrás de si apenas um deserto. 
Não sei. 
Nossas maneiras são diferentes das suas. 
A visão de suas cidades aflige os olhos do homem vermelho. 
Mas talvez seja porque o homem vermelho é selvagem e não entende.

Não existe lugar tranqüilo nas cidades do homem branco. 
Não há onde se possa escutar o abrir das folhas na primavera, ou
o ruído das asas de um inseto. 
Mas talvez seja porque eu sou um selvagem e não entendo. 
A confusão parece servir apenas para insultar os ouvidos. 
E o que é a vida se um homem não pode ouvir o choro solitário
de um curiango ou as conversas dos sapos, à noite, em volta de uma lagoa. 
Sou um homem vermelho e não entendo.

O índio prefere o som macio do vento lançando-se sobre a face do lago, e
o cheiro do próprio vento, purificado por uma chuva de meio-dia, ou
perfumado pelos pinheiros.

O ar é precioso para o homem vermelho, pois todas as coisas
compartilham o mesmo hálito – a fera, a árvore, o homem, 
todos compartilham o mesmo hálito. 
O homem branco parece não perceber o ar que respira. 
Como um moribundo há dias esperando a morte, 
ele é insensível ao mau cheiro.

Mas se vendermos nossa terra, vocês devem se lembrar de que o ar
é precioso para nós, que o ar compartilha seus espíritos
com toda a vida que ele sustenta.

Mas se vendermos nossa terra, vocês devem mantê-la separada e sagrada, 
como um lugar onde mesmo o homem branco pode ir para sentir o vento
que é adoçado pelas flores da campina.

Assim, vamos considerar sua oferta de comprar nossa terra. 
Se resolvermos aceitar, eu imporei uma condição – o homem branco
deve tratar os animais desta terra como se fossem seus irmãos.

Sou um selvagem e não entendo de outra forma. 
Vi mil búfalos apodrecendo na pradaria, abandonados pelo
homem branco que os matou da janela de um trem que passava.

Sou um selvagem e não entendo como o cavalo de ferro que fuma
pode se tornar mais importante que o búfalo, que nós só matamos
para ficarmos vivos.

O que é o homem sem os animais? 
Se todos os animais acabassem, o homem morreria
de uma grande solidão do espírito. 
Pois tudo o que acontece aos animais, logo acontece ao homem. 
Todas as coisas estão ligadas.

Vocês devem ensinar a seus filhos que o chão sob seus pés
é as cinzas de nossos avós. 
Para que eles respeitem a terra, digam a seus filhos que a Terra
é rica com as vidas de nossos parentes. 
Ensinem as seus filhos o que ensinamos aos nossos, 
que a Terra é nossa mãe. 
Tudo o que acontece à Terra, acontece aos filhos da Terra. 
Se os homens cospem no chão, eles cospem em si mesmos.

Isto nós sabemos – a Terra não pertence ao homem –
o homem pertence à Terra. 
Isto nós sabemos. 
Todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família. 
Todas as coisas estão ligadas.

Tudo o que acontece à Terra – acontece aos filhos da Terra. 
O homem não teceu a teia da vida – ele é meramente um fio dela. 
O que quer que ele faça à teia, ele faz a si mesmo.

Mesmo o homem branco, cujo Deus anda e fala com ele como de
amigo para amigo, não pode ficar isento do destino comum.

Podemos ser irmãos, afinal de contas. 
Veremos. 
De uma coisa nós sabemos, que o homem branco pode um dia
descobrir – nosso Deus é o mesmo Deus. 
Vocês podem pensar agora que vocês O possuem como desejam
possuir nossa terra, mas vocês não podem fazê-lo. 
Ele é Deus do homem, e Sua compaixão é igual tanto para com
o homem vermelho quanto para com o branco. 
A Terra é preciosa para Ele, e danificar a Terra é acumular desprezo
por seu criador. 
Os brancos também passarão, talvez antes de todas as outras tribos.

Mas em seu desaparecimento vocês brilharão com intensidade, 
queimados pela força do Deus que os trouxe a esta terra e para algum
propósito especial lhes deu domínio sobre esta terra
e sobre o homem vermelho. 
Esse destino é um mistério para nós, pois não entendemos quando os
búfalos são mortos, os cavalos selvagens são domados, os recantos
secretos da floresta carregados pelo cheiro de muitos homens, e a vista
das montanhas maduras manchadas por fios que falam.

Onde está o bosque? 
Acabou. 
Onde está a águia? 
Acabou. 
O fim dos vivos e o começo da sobrevivência.”

Evolução da educação

  Estou postando dois vídeos retirados do "youtube", um que fala sobre as vantagens da educação à distância e o outro que conta uma breve historia "a evolução e a educação". Assistindo esses dois vídeos podemos fazer uma reflexão sobre a importância da EAD para a educação atual, onde todos os alunos dominam os meios tecnológicos existentes e de como a escola tradicional está precisando de uma reavaliação da sua forma de ensino. 
  A questão somente o giz e o quadro são adequados para que os jovens atuais se interessem pela aula?????





sexta-feira, 27 de maio de 2011

Os 10 mandamentos de uma escola sustentável



1. Coerência: é preciso lutar contra o fosso entre a teoria do que se faz em sala de aula e o que se realiza no cotidiano da instituição.

2. Informação: embora nas escolas ainda seja um processo inicial, há muitas experiências que podem se compartilhadas, como, por exemplo, por ONGs e empresas de outros segmentos. Do mesmo modo, é preciso investir em formação continuada também na área ambiental.

3. Cultura: sustentabilidade não se constrói com ações pontuais, mas com a transformação da cultura interna, o que inclui mobilizar diretores, coordenadores, professores, funcionários adminstrativos, alunos e pais.

4. Paciência: nada se faz do dia para a noite, nessa área. Mudar procedimentos arraigados leva tempo. É um processo constante e crescente, com idas e vindas.

5. Realismo: assim como no restante da sociedade, a implantação de políticas de sutentabilidade nos confronta com inúmeras contradições, principalmente no que se refere aos aspectos da viabilização econômica ou tecnológica.

6. Democracia: para se construir uma escola sustentável, é preciso saber que nada se faz de cima para baixo. É preciso saber ouvir e dialogar com os vários setores e interesses envolvidos.

7. Compromisso socioambiental: a noção de sustentabilidade ultrapassa em muitos os limites da escola. É preciso estimular os alunos a atrair a comunidade circunvizinha, tornando a escola um pólo difusor dessa nova consciência.

8. Criatividade: estamos em plena transformação. Não há soluções esquematizadas. Cada escola encontrará o seu caminho. Mas não se contente apenas com a implantação de ações como a coleta seletiva, embora seja um bom começo.

9. Metas: estabeleça metas de curto, médio e longo prazo. Um projeto de amplo espectro como esse torna-se mais eficiente se trabalhar dentro de objetivos preestabelecidos.

10. Transversalidade: por fim, é sempre bom lembrar: sustentabilidade rima, sempre, com educação. É importante que haja coerência e articulação entre os projetos ligados à sustentabilidade e o que é trabalhado em sala de aula nas diferentes disciplinas.

Paulo Camargo

Fontemiriamsalles

segunda-feira, 23 de maio de 2011

A situação da educação no Brasil

   Depois de muito pensar sobre como seria e do que falar na minha primeira postagem do blog, achei pertinente adicionar o vídeo da professora Amanda Gurgel, que leciona no Rio Grande do Norte e foi destaque nacional quando fez um discurso em defesa da Educação na Assembléia legislativa do RN.
   Amanda fez um discurso forte, inteligente e verdadeiro, apontou os inúmeros problemas que a educação brasileira vem passando e apresentando seu contra-cheque de R$ 930 reais. "Como as pessoas até agora, inclusive a secretária Bethania Ramalho, apresentaram números, e números são irrefutáveis, eu também vou fazê-lo. Apresento um número de três algarismos apenas, que é o do meu salário, de R$ 930".
   A professora continua seu discurso dizendo que "os deputados deveriam estar todos constrangidos com a educação no estado do Rio Grande do Norte e no Brasil. Não aguentamos mais a fala de vocês pedindo para ter calma. Entra governo, sai governo, e nada muda. Precisamos que algo seja feito pelo estado e pelo Brasil. O que nós queremos agora é objetividade".
   Estou confiante que a sua fala venha despertar a consciência dos professores, da sociedade e das autoridades, que todos reflitam sobre o caos que se encontra a educação do país e que que as soluções encontradas pelos governantes sejam tão brilhantes quanto o discurso da professora Amanda.